PF Isenta Zambelli de Coação ao STF, mas Futuro da Deputada Permanece Incerto

A Polícia Federal concluiu que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não tentou coagir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nem obstruir sua ação penal enquanto estava na Itália. O relatório da PF, enviado ao ministro Alexandre de Moraes, livra a parlamentar, por ora, de um indiciamento nesse caso específico.

Embora Zambelli tenha manifestado a intenção de dificultar o processo judicial, a PF não encontrou evidências de que ela tenha tomado medidas concretas para concretizar essa intenção. “Embora a intenção de frustrar a aplicação da lei penal tenha sido verbalizada, o comportamento de Carla Zambelli, salvo melhor juízo, não ultrapassou o campo da retórica”, diz o documento da PF.

O relatório da Polícia Federal foi encaminhado ao Procurador-Geral da República (PGR), que agora tem 15 dias para decidir se oferece ou não uma denúncia contra a deputada. A investigação foi aberta em junho a pedido do ministro Alexandre de Moraes e incluiu a análise de movimentações financeiras e depoimentos da deputada.

Enquanto isso, Carla Zambelli permanece presa na Itália, aguardando a definição sobre um possível pedido de extradição para o Brasil, onde enfrenta uma condenação a 10 anos de prisão no âmbito de outro processo. Além disso, o processo de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados continua em andamento.

O caso pelo qual Zambelli está presa envolve a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um crime que a levou a deixar o país e, posteriormente, ter sua prisão preventiva decretada. O futuro da deputada, portanto, permanece incerto, dependendo das decisões da justiça italiana e das autoridades brasileiras.