Ryan Routh, de 59 anos, foi considerado culpado em todas as acusações de tentativa de assassinato contra o então candidato presidencial Donald Trump, em um incidente ocorrido em setembro de 2024, na Flórida. O veredicto foi proferido por um júri dos Estados Unidos nesta terça-feira, após um julgamento que durou 12 dias. Além da tentativa de assassinato, Routh foi condenado por agressão a um oficial federal e crimes relacionados a armas de fogo.
Após a leitura da sentença, o réu protagonizou uma cena dramática ao tentar se ferir com uma caneta no pescoço, conforme relatos da mídia americana. A ação foi rapidamente impedida por agentes de segurança presentes no tribunal federal da Flórida. O incidente adiciona mais um capítulo a um caso que já havia chamado a atenção pela ousadia do ataque e pelas motivações do acusado.
Donald Trump, por meio de sua rede social Truth, expressou sua satisfação com o resultado do julgamento. “Este foi um homem mau com uma intenção maligna, e eles o pegaram”, escreveu o ex-presidente. A procuradora-geral dos Estados Unidos na época, Pam Bondi, também se manifestou, afirmando que a tentativa de assassinato “não foi apenas um ataque contra o nosso presidente, mas uma afronta à nossa própria nação”.
De acordo com as investigações, Routh foi detido após um agente do Serviço Secreto avistar o cano de um rifle escondido em arbustos próximos ao campo de golfe onde Trump jogava. As autoridades apreenderam um rifle estilo AK com mira telescópica e munição extra. Uma carta escrita por Routh, encontrada em uma caixa deixada em uma residência, confessava a tentativa de assassinato e expressava arrependimento pelo fracasso.
Routh, que enfrenta a possibilidade de prisão perpétua, tem histórico de obsessão pela invasão da Ucrânia pela Rússia e chegou a viajar para Kiev com a intenção de se juntar a grupos de voluntários estrangeiros. No entanto, foi rejeitado devido à idade e à falta de experiência. A sentença de Routh está agendada para ser proferida em 18 de dezembro.