Em um movimento coordenado que busca reacender a esperança de uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino, o Reino Unido e o Canadá anunciaram, neste domingo (21), o reconhecimento formal do Estado da Palestina. A decisão surge em meio a crescentes preocupações com a escalada da violência no Oriente Médio e a necessidade urgente de revitalizar as negociações de paz. Ambos os países expressaram o desejo de que o reconhecimento contribua para a viabilização de uma solução de dois Estados.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enfatizou que a medida visa “manter viva a possibilidade de paz e uma solução de dois Estados”. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Starmer declarou: “Isso significa um Israel seguro e protegido ao lado de um Estado palestino viável”. O gesto demonstra um esforço renovado da comunidade internacional para impulsionar um diálogo construtivo entre as partes envolvidas.
De maneira semelhante, o Canadá também justificou sua decisão como “um passo necessário para preservar a solução de dois Estados, dada a natureza insustentável da situação atual”. Embora o país já tenha sinalizado a intenção de reconhecer a Palestina, a ministra das Relações Exteriores, Anita Anand, ressaltou que a normalização completa das relações diplomáticas dependerá da implementação de reformas democráticas pelas autoridades palestinas.
A iniciativa de Londres e Ottawa se junta a um coro crescente de nações que reconhecem formalmente o Estado da Palestina, incluindo França e Portugal. A expectativa é que essa onda de reconhecimento exerça pressão sobre Israel para que retome as negociações de paz e adote uma postura mais flexível em relação às demandas palestinas. O futuro da região permanece incerto, mas a ação coordenada desses países representa um novo capítulo na busca por uma solução duradoura para o conflito.



