O senador Romário (PL-RJ) foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 2 milhões por fraude à execução de dívida. A decisão, proferida pela juíza Simone Frota, também converteu a pena de detenção inicial em multa. A ação foi movida pela empresa Koncretize, e a defesa do senador ainda pode recorrer da decisão.
A sentença acusa o ex-jogador de futebol de transferir bens a terceiros com o objetivo de impedir o pagamento de uma dívida judicialmente reconhecida. De acordo com a juíza, a transferência de patrimônio ocorreu após a dívida ser estabelecida e durante o processo de execução, caracterizando uma tentativa deliberada de ocultar bens da Justiça.
“Não se trata de simples doação, mas de ato consciente e intencional para burlar a efetividade do processo executivo”, destacou a magistrada na decisão. A Justiça analisou que Romário tinha conhecimento da cobrança judicial e agiu para frustrar o processo de execução.
A decisão judicial também menciona um episódio anterior, datado de 2019, que reforça o padrão de conduta do senador. Na ocasião, Romário teria buscado evitar que uma cessão de R$ 15 milhões, proveniente do clube Vasco da Gama a título de honorários, fosse utilizada para quitar dívidas com a Koncretize.
A Justiça entendeu que essa manobra foi mais uma tentativa de impedir a constrição judicial dos valores. Até o momento, a defesa de Romário não se manifestou publicamente sobre a condenação, enquanto ele segue exercendo o cargo de senador pelo Rio de Janeiro.



