O ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou ao presidente Lula sua saída do cargo, agendada para a próxima semana. A decisão surge após o União Brasil, partido ao qual Sabino é filiado, determinar que seus membros deixem cargos no governo sob pena de expulsão. O encontro entre o ministro e o presidente ocorreu no Palácio da Alvorada, marcando um momento de tensão política no governo.
Sabino busca formalizar sua saída após o retorno de Lula de Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU. Apesar da pressão do partido por um anúncio imediato, o ministro solicitou que a carta de demissão seja entregue pessoalmente ao presidente. “Desejo cumprir algumas agendas consideradas importantes antes de oficializar a saída”, teria dito Sabino, segundo relatos.
A aceleração do desembarque do União Brasil foi motivada por reportagens que ligam o presidente nacional da legenda, Antonio de Rueda, a aeronaves supostamente associadas ao PCC. Rueda nega as acusações, mas o partido alega que as denúncias têm motivação política. A legenda controla três ministérios, mas apenas Sabino é uma indicação direta do partido, o que o torna o principal alvo da decisão.
A saída de Sabino representa a 13ª mudança ministerial desde o início do terceiro mandato de Lula. Adicionalmente, há a expectativa de que André Fufuca, ministro do Esporte, também deixe o governo em breve. A debandada de União Brasil e PP enfraquece a base governista, reduzindo a influência dos partidos de centro-direita no núcleo de apoio no Congresso.