A iminente Assembleia Geral da ONU, em Nova York, tornou-se palco de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O motivo: restrições de vistos impostas à comitiva brasileira, gerando forte reação do governo. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, elevou o tom contra as medidas, classificando-as como “absurdas” e “injustas”.
O foco das críticas recai sobre as limitações impostas ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Embora autorizado a entrar nos EUA, Padilha enfrenta restrições de deslocamento, confinado a um raio de cinco quarteirões do seu hotel, na área da ONU. Essa condição, segundo o chanceler Vieira, é inaceitável.
Durante encontro com Kaja Kallas, alta representante da União Europeia, Vieira expressou seu descontentamento. “São restrições que não têm cabimento, injustas, absurdas”, declarou o ministro, evidenciando a gravidade da situação para o governo brasileiro.
Em resposta, o governo brasileiro acionou instâncias internacionais em busca de solução. Mauro Vieira informou que reportou o caso ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e à Presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, solicitando sua intervenção junto aos Estados Unidos, país-sede da organização.
A abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU está agendada para o dia 23. A expectativa é que a questão dos vistos seja abordada e que uma solução diplomática seja encontrada antes do início do evento.