A Polícia Civil do Paraná confirmou, nesta sexta-feira (19), a localização dos corpos dos quatro homens que desapareceram após viajarem para Icaraíma, no interior do estado, com o objetivo de cobrar uma dívida. As vítimas foram identificadas como Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza. Segundo os delegados Gabriel Menezes e Tiago Andrade Inácio, as roupas das vítimas foram cruciais para o reconhecimento.
As buscas, iniciadas na quinta-feira (18), concentraram-se em uma área próxima ao local onde a picape do grupo havia sido encontrada no dia 12 de setembro. Os corpos estavam a cerca de 500 metros do veículo, escondidos sob a vegetação densa. A Polícia Civil informou que as investigações permanecem sob sigilo, visando identificar e responsabilizar todos os envolvidos no crime.
De acordo com o Secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, a localização da picape foi possível graças a uma carta anônima recebida pelo pai de uma das vítimas, indicando o paradeiro do veículo. Além disso, um informante também colaborou com as investigações, fornecendo pistas importantes para a polícia.
A picape estava escondida em um bunker, coberta por uma lona e apresentava marcas de sangue, o que reforçou as suspeitas de crime. Durante as buscas na região, no domingo (14), policiais encontraram duas munições de calibre 9 milímetros em uma propriedade que havia sido vendida por uma das vítimas aos suspeitos, localizada nas proximidades do bunker.
O caso ganhou notoriedade após o desaparecimento dos quatro homens no início de agosto. Robishley, Rafael e Diego partiram de São José do Rio Preto (SP) no dia 4 de agosto rumo a Icaraíma para cobrar a dívida, com Alencar se juntando ao grupo na cidade. No dia 5 de agosto, câmeras de segurança registraram os quatro em uma padaria local, sendo este o último contato conhecido com as famílias.
A Polícia Civil investiga Antonio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho, que foram conduzidos à delegacia após a polícia visitar a propriedade onde as vítimas foram cobrar a dívida. Ambos são considerados suspeitos e tiveram mandados de prisão temporária expedidos contra eles após deixarem a propriedade e não serem mais localizados. A justiça permanece aberta para manifestação das defesas dos suspeitos.