Será que é necessário o Sergio Moro, para abrir os olhos dos eleitores de Colorado?

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colunaEm épocas de operação Lava Jato e da conclamação do ‘herói’ Sergio Moro nas redes sociais, o ódio ao atual governo brasileiro só aumenta. Muitos, com certa razão, pedem o fim do governo Dilma Rousseff devido aos inúmeros casos de corrupção e propina descobertos pela operação.

No entanto, algo é para se pensar. Revoltados com a corrupção passam a impressão que só se rebelam quando o caso envolve milhões de reais, ou, quando envolvem pessoas que eles possuem certa rejeição.

Vamos usar um município do nosso entorno para explanar melhor essa teoria.

Em Colorado, por exemplo, o ex-prefeito, Marcos Mello, na época filiado ao Partido da República (PR), foi condenado a dez anos de detenção e teve os direitos políticos suspensos por cinco anos. A sentença foi proferida pelo juiz da Comarca de Colorado. Mello foi denunciado por peculato. Primeiro, pela Câmara Municipal, depois, pela Promotoria de Justiça.

Na tarde desta quinta-feira (28), o governo do Estado, através da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), e o governo federal, através do Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal, assinaram contratos para construção de 111 moradias urbanas no município de Colorado, noroeste do Paraná. Na foto, o prefeito de Colorado, Marcos Mello. Colorado 28/06/2012 - Foto: Felipe Gusinski / Cohapar

Ex-prefeito Marcos Mello

Mesmo com essa condenação gravíssima em primeira instância, ele é cogitado para disputar o terceiro mandato de prefeito e possui eleitores “vestindo sua camisa”. Será que não perceberam a gravidade da acusação?

Para quem não conhece o motivo da condenação, ele teria contratado dois servidores para cargos comissionados, mas os dois não cumpriam as jornadas de trabalho e ainda tiveram os pagamentos mensais autorizados pelo então prefeito.

Corre ainda na Justiça uma denúncia sobre a contratação de uma empresa fantasma pela prefeitura, na época do ex-prefeito, que já rendeu uma Comissão Processante na Câmara, que apurou que tal empresa não existia. No entanto, donos da empresa, segundo informações, provaram que a empresa existia.

O prefeito entrou com recurso sobre a condenação dos funcionários fantasmas. Todavia, em épocas de furor com a “lava jato”, esse meio de comunicação acha meio controverso, seja ele o nome que for, eleitores que prezam pela moralidade na política votarem em um candidato que apresente qualquer tipo de condenação e inúmeras suspeitas de irregularidades.

Para termos noção de como está a imagem do ex-prefeito, digitamos no Google: “Marcos Mello Prefeito de Colorado”, e veja só o que deu:

marcos mello matérias

Pau que bate em Chico tem que bater em Francisco!

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