Apesar dos desafios fiscais internos, das tensões comerciais globais e das incertezas políticas, o dólar tem se mantido na faixa de R$ 5,30. No entanto, especialistas alertam: a recente trajetória da moeda americana não reflete necessariamente o sucesso das políticas do governo brasileiro.
O enfraquecimento do dólar é um fenômeno global, evidenciado pela queda do índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas fortes. A principal causa dessa tendência é a redução das taxas de juros nos Estados Unidos, que diminui o atrativo dos investimentos em renda fixa americana.
Com a Selic em 15% ao ano, o Brasil se destaca como um destino lucrativo para investidores estrangeiros, impulsionando o chamado “carry trade”. Essa dinâmica aumenta o fluxo de dólares no país, valorizando o real frente à moeda americana.
“Se o governo fizesse a sua parte, cortando gastos, certamente o dólar estaria abaixo de R$ 5,00”, afirmam analistas, ressaltando a importância das expectativas macroeconômicas para a cotação do câmbio. Ajustes fiscais poderiam fortalecer ainda mais a moeda nacional.
Em resumo, enquanto fatores externos como a política monetária americana exercem forte influência sobre o câmbio, medidas internas de responsabilidade fiscal poderiam potencializar a valorização do real e trazer o dólar para patamares ainda mais baixos.