A investigação sobre o assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, 64 anos, avança com a descoberta de que os veículos utilizados no crime foram roubados na capital paulista. Fontes foi vítima de uma emboscada fatal na última segunda-feira (15), na Praia Grande, litoral de São Paulo, chocando a comunidade policial e a população.
As autoridades encontraram os dois carros abandonados nas proximidades do local do crime. Um Toyota Hilux preto, com placa de Indaiatuba e ano de fabricação 2022, foi localizado em chamas na Avenida Casemiro Domcev, a apenas 1,5 km de onde Fontes foi executado. “Os patrulheiros, ao que tudo indica, visualizaram dentro do veículo parte do que seria uma arma de fogo”, aponta o boletim de ocorrência.
O segundo veículo, um Jeep Renegade cinza, com placa de São Paulo e ano de fabricação 2021, foi encontrado abandonado na Rua Gilberto Lopes. Testemunhas relataram que os ocupantes do veículo fugiram a pé. A polícia encontrou um carregador de fuzil, uma cápsula deflagrada e um carregador de pistola próximo ao veículo, reforçando a suspeita de que o crime foi premeditado e executado com o uso de armamento pesado.
Além dos veículos, a Guarda Civil Metropolitana encontrou vestígios de disparos de arma de fogo próximos à Secretaria de Educação (Seduc) e em uma rua paralela. Essa descoberta sugere que a perseguição a Ruy Ferraz Fontes começou antes da emboscada na Avenida Roberto de Almeida Vinhas, indicando um planejamento prévio do ataque.
Os dois veículos foram identificados como produtos de roubo na capital paulista. Equipes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil coletaram diversos vestígios nos locais onde os carros foram encontrados, que serão submetidos a análise pericial. A arma de fogo de Fontes foi encontrada em sua bolsa, e seus pertences foram entregues à sua companheira, Katia Pagani.