A nova cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) está reativando uma iniciativa ambiciosa: oferecer treinamento especializado em plataformas digitais para suas lideranças. O objetivo central é preparar a militância para o cenário eleitoral de 2026, visando tanto as eleições gerais quanto a potencial reeleição do presidente em exercício. A estratégia reflete o reconhecimento da importância crescente do engajamento online na disputa política contemporânea.
Fontes internas do partido confirmam que as conversas com as principais empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”, já estão em andamento. O foco do treinamento deve abranger desde o uso estratégico de redes sociais até técnicas de produção de conteúdo digital e análise de dados. “Queremos munir nossos quadros com as ferramentas necessárias para um debate qualificado e eficiente no ambiente online”, declarou um membro da direção, sob condição de anonimato.
A iniciativa visa, em última análise, contrapor o que o partido considera uma crescente influência de narrativas desinformativas e discursos de ódio nas redes. Ao capacitar sua militância, o PT busca amplificar sua mensagem e fortalecer sua presença no espaço digital. A expectativa é que a parceria com as big techs traga expertise e recursos para otimizar a comunicação e o alcance das campanhas.
Entretanto, a aproximação com as gigantes da tecnologia também levanta questionamentos sobre a neutralidade das plataformas e o potencial de influência nas eleições. Críticos argumentam que a colaboração pode gerar desequilíbrios na disputa eleitoral e comprometer a liberdade de expressão. O debate sobre os limites e a ética da relação entre partidos políticos e empresas de tecnologia promete se intensificar nos próximos meses.
