A Romênia, membro da OTAN, condenou veementemente a incursão de um drone russo em seu espaço aéreo no último sábado, ocorrida durante um ataque russo na Ucrânia. O incidente elevou o tom de alerta, com o governo romeno classificando a ação como um “novo desafio” à segurança regional e à estabilidade no Mar Negro. A ministra das Relações Exteriores da Romênia, Oana-Silvia Șoiu, convocou o embaixador russo em Bucareste para expressar formalmente o protesto do país.
Este incidente ocorre poucos dias após a Polônia, também membro da OTAN, denunciar a entrada de 19 aeronaves russas em seu território, intensificando as preocupações sobre a escalada das tensões na região. A Romênia enfatizou a gravidade da situação, ressaltando a falta de respeito da Rússia pelo direito internacional e as normas estabelecidas. “Este tipo de incidente demonstra a falta de respeito da Federação Russa pelo direito internacional”, declarou o Ministério da Defesa romeno em comunicado.
A União Europeia também se manifestou sobre o incidente. Kaja Kallas, chefe da diplomacia da UE, classificou a incursão como “inaceitável” e alertou para as consequências da escalada contínua. “A violação do espaço aéreo romeno por drones russos é mais uma violação inaceitável da soberania de um Estado-Membro da UE”, escreveu Kallas em sua conta no X (antigo Twitter). Ela acrescentou que essa “escalada imprudente e contínua ameaça a segurança regional”.
Desde o início do conflito na Ucrânia, fragmentos de drones já haviam sido encontrados em território romeno. No caso mais recente, o Ministério da Defesa romeno informou que o drone sobrevoou o país por cerca de 50 minutos, sem atingir áreas povoadas ou representar uma ameaça direta à população. Aeronaves romenas, apoiadas por dois Eurofighters Typhoon alemães, monitoraram a situação, mas decidiram não abrir fogo devido aos riscos colaterais envolvidos.
A Romênia planeja levar a questão à Assembleia Geral das Nações Unidas, instando ao cumprimento rigoroso das avaliações internacionais. Paralelamente, Donald Trump propôs novas sanções à Rússia, condicionadas à interrupção da compra de petróleo russo pelos países da OTAN, adicionando mais um elemento de pressão à situação geopolítica.