A Polícia Federal (PF) está investigando o ex-presidente Jair Bolsonaro por suspeita de ter realizado movimentações financeiras atípicas com o objetivo de evitar um possível bloqueio de bens. As investigações apontam para uma transferência de R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro, um dia antes de um depoimento do ex-presidente. Além disso, a PF apura saques em espécie que totalizam R$ 130 mil, realizados entre janeiro e julho deste ano.
Segundo a PF, as ações de Bolsonaro podem ter como objetivo manter recursos disponíveis para apoiar as atividades de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. As suspeitas ganham força em meio ao contexto de investigações sobre as ações de Eduardo Bolsonaro no exterior.
A Polícia Federal detalhou que o conjunto de provas indica que Bolsonaro agiu “de forma livre e consciente, desde o início de 2025”, intensificando as ações nos meses de maio, junho e julho, período em que as atividades de Eduardo Bolsonaro no exterior se intensificaram. A PF conclui que o ex-presidente buscou se desfazer de recursos financeiros para evitar medidas judiciais que pudessem impedir o apoio financeiro ao filho.
As investigações continuam em andamento e a PF busca esclarecer a motivação por trás das movimentações financeiras e a relação com as atividades de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. A defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as acusações.