A curva de juros futuros apresentou uma elevação contida ao longo do pregão desta sexta-feira, refletindo um cenário de cautela no mercado financeiro. Analistas apontam que a influência externa, marcada pela deterioração nos mercados de renda fixa globais, exerceu um peso maior sobre a precificação dos contratos futuros do que as variáveis políticas domésticas.
De acordo com participantes do mercado, o movimento de alta foi inicialmente desencadeado pela aversão ao risco observada no exterior. “A instabilidade global tem gerado um efeito cascata nos mercados emergentes, pressionando as taxas de juros”, comentou um operador de uma grande corretora, sob condição de anonimato.
Adicionalmente, o temor de possíveis sanções econômicas por parte dos Estados Unidos também contribuiu para a elevação das taxas. A incerteza em relação às políticas externas americanas tem levado investidores a adotarem uma postura mais conservadora, exigindo maiores prêmios para alocar capital em ativos de risco.
Em resumo, a combinação de fatores externos desfavoráveis e a apreensão em relação ao cenário geopolítico internacional tem exercido pressão sobre a curva de juros futuros no Brasil. A expectativa é que o mercado continue volátil, atento aos desdobramentos globais e às decisões de política econômica.