O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) formalizou a denúncia contra o empresário Renê da Silva, acusado de assassinar o gari Laudemir Fernandes em Belo Horizonte. Segundo a acusação, o crime foi motivado por razões consideradas fúteis, o que agrava a situação do réu. A promotoria também aponta que Renê tentou obstruir as investigações.
De acordo com o MPMG, Renê da Silva, após confessar o homicídio, solicitou que sua esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, apresentasse uma arma diferente da utilizada no crime. O objetivo seria confundir a perícia e, consequentemente, dificultar a apuração dos fatos.
Além da denúncia contra o empresário, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira foi indiciada pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais por prevaricação. O crime de prevaricação, previsto no Código Penal, configura-se quando um funcionário público retarda, deixa de praticar ou pratica indevidamente um ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.
A Polícia Civil informou que o inquérito policial, conduzido pela corregedoria, concluiu e encaminhou à Justiça o caso da morte do gari. Esse inquérito resultou no indiciamento da delegada por suspeita de prevaricação, em um desdobramento que lança luz sobre a complexidade do caso.
O MPMG solicitou que Renê da Silva seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Adicionalmente, requereu que, em caso de condenação, o empresário seja obrigado a pagar uma indenização mínima de R$ 150 mil à família da vítima, como compensação por danos morais e materiais sofridos.
O caso, que completa um mês, segue com desdobramentos relevantes. Tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil têm demonstrado firmeza em relação às acusações contra Renê da Silva e sua esposa, ressaltando a seriedade das ações sob investigação. As autoridades indicam que novas informações podem surgir conforme o processo avança.