A condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado, provocou uma imediata e intensa reação de seus aliados nas redes sociais. A decisão judicial, que formou maioria no STF, gerou uma onda de manifestações de protesto, críticas veementes ao julgamento e apelos urgentes por anistia entre os apoiadores do ex-presidente.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) liderou as críticas, acusando o STF de promover uma “suprema perseguição” e alegando que o resultado do julgamento já estava predeterminado. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal e irmão de Flávio, defendeu uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, argumentando que qualquer alternativa representaria um favorecimento pessoal.
Outros parlamentares ecoaram o discurso de perseguição. O deputado Dr. Frederico (PL-MG) classificou a condenação como um “espetáculo político armado para calar milhões de brasileiros”. Gustavo Gayer (PL-GO) prometeu intensificar a mobilização digital em defesa de Bolsonaro. Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-procurador e deputado, elogiou o voto divergente do ministro Luiz Fux, considerando-o “técnico e bem fundamentado”.
No Congresso, a articulação em defesa de Bolsonaro já está em curso. Coronel Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, anunciou a intenção de impetrar um habeas corpus em favor do ex-presidente, com base no voto de Fux. Zucco e outros aliados também pressionam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar um projeto de anistia que abrangeria tanto Bolsonaro quanto os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A proposta, contudo, enfrenta forte resistência no Senado.
Com a condenação, Bolsonaro pode enfrentar até 43 anos de prisão, devido ao agravante de liderança em organização criminosa. Apesar do cenário desfavorável, seus aliados mantêm a esperança de que a pressão política e as medidas jurídicas possam reverter a situação e garantir sua elegibilidade para as eleições de 2026.