O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido do Partido Liberal (PL) para que membros da legenda tivessem acesso contínuo e irrestrito ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em regime de prisão domiciliar. A decisão, proferida na última quarta-feira, impede que figuras importantes do partido visitem Bolsonaro sem prévia autorização judicial.
O PL justificou o pedido alegando a necessidade de manter conexões políticas e discutir estratégias partidárias com o ex-presidente. Entre os solicitantes estavam o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, o vice-presidente Bruno Shide e o senador Rogério Marinho, todos buscando livre acesso à residência de Bolsonaro.
Moraes, relator do caso que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado, justificou sua decisão enfatizando que a prisão domiciliar implica restrições à liberdade de Bolsonaro, e que tais restrições devem ser rigorosamente observadas. O ministro demonstrou preocupação em garantir o cumprimento das condições impostas ao ex-presidente.
Contudo, o ministro Alexandre de Moraes autorizou visitas específicas, mediante permissão judicial e agendamento prévio. As visitas já foram programadas para os próximos dias, e os visitantes passarão por revista antes de entrar na residência de Bolsonaro, assegurando o respeito às condições da prisão domiciliar.
Entre os nomes autorizados a visitar Bolsonaro entre os dias 16 e 19 deste mês, estão o senador Carlos Portinho, o senador Marcos Rogério, o deputado Ubiratan Sanderson e o vice-presidente do PL, Bruno Shaide. As visitas serão cuidadosamente monitoradas para garantir que as restrições impostas pela Justiça sejam integralmente cumpridas.