Tensão na Venezuela: Maduro Mobiliza Milícias Após Movimentação Militar dos EUA

Em um cenário de crescente tensão, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, alegando responder a “ameaças” dos Estados Unidos. A medida foi anunciada no mesmo dia em que navios de guerra americanos foram enviados para a costa venezuelana, elevando o nível de alerta na região. Maduro declarou que o objetivo é garantir a defesa de todo o território nacional.

“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas”, afirmou Maduro em pronunciamento na TV estatal, sinalizando a determinação do regime em se preparar para possíveis confrontos. A movimentação de tropas venezuelanas acontece em meio a uma escalada de retórica e ações militares.

A ação militar dos EUA, conforme reportado pela Reuters, envolve o envio de três destróieres equipados com mísseis guiados para a costa venezuelana. Embora o governo americano justifique a operação como parte de um esforço para combater cartéis de drogas no Caribe, a presença dos navios intensifica a pressão sobre o governo de Maduro, que enfrenta sanções e isolamento internacional. O líder venezuelano, sem mencionar diretamente os navios, classificou a ação como uma “ameaça”.

O governo brasileiro acompanha de perto a escalada de tensões, especialmente a movimentação militar dos Estados Unidos. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, elevou o tom ao afirmar que o presidente Donald Trump está disposto a usar “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, a quem chamou de “fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista”. Tais declarações ocorrem no mesmo dia em que os EUA deslocaram os navios de guerra para o Caribe.

Fontes em Brasília indicam que o governo brasileiro adota uma postura de cautela, avaliando que as declarações e a movimentação militar representam “sinais de pressão” de Washington. Militares brasileiros estão particularmente atentos à extensa fronteira entre Brasil e Venezuela, com mais de 2 mil quilômetros. Embora não haja motivo para alarme imediato, a situação permanece sob constante monitoramento.