O julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo contorno nesta quinta-feira com o voto do ministro Luiz Fux pela absolvição do ex-presidente de todas as acusações. A sessão, que avalia a participação dos réus em uma suposta tentativa de golpe de Estado, tem gerado grande expectativa e polarização no cenário político nacional.
Até o momento, o placar do julgamento aponta 2 votos pela condenação e 1 pela absolvição. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e o ministro Flávio Dino já haviam se manifestado pela condenação de todos os oito réus, incluindo Bolsonaro e figuras proeminentes como os generais Augusto Heleno e Braga Netto. A análise detalhada das acusações e a reconstrução do plano golpista têm sido o foco das discussões.
“Ainda restam os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que terão a responsabilidade de definir o futuro de Bolsonaro e dos demais acusados”, destaca a reportagem. A expectativa é que seus posicionamentos sejam cruciais para o desfecho do caso, que já mobiliza a atenção de juristas e da sociedade civil.
Além do julgamento de Bolsonaro, o STF já formou maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Fux, em seu voto, também se manifestou pela absolvição de Garnier, e ainda analisará a conduta dos demais réus. A complexidade do caso e a multiplicidade de acusações tornam o julgamento um marco na história do judiciário brasileiro.