O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, foi flagrado cochilando por cerca de 20 minutos durante a sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O incidente ocorreu enquanto o ministro Luiz Fux apresentava seu extenso parecer na Ação Penal que investiga a suposta trama de Golpe de Estado. A cena inusitada chamou a atenção dos presentes, especialmente devido à importância do julgamento em andamento.
A sessão, que se estendeu por horas, teve o voto de Fux como o mais longo até o momento, ultrapassando nove horas de leitura. Inicialmente prevista para terminar ao meio-dia, a sessão foi prolongada, levando ao cancelamento da sessão plenária da Corte, que estava agendada para as 16h. O longo período de duração parece ter afetado a atenção de Gonet, que fechou os olhos por volta das 18h50 e só os reabriu às 19h10, ao ouvir um elogio proferido por Fux.
A ausência de registros fotográficos ou em vídeo do momento se deve à restrição imposta pelo serviço de segurança do STF, que proíbe tais capturas durante a leitura dos votos. Jornalistas presentes comentaram a situação, alguns em tom de brincadeira, evidenciando o caráter incomum do flagrante.
Além de Gonet, o ministro Alexandre de Moraes também demonstrou sinais de cansaço, chegando a cochilar por breves instantes, buscando revigorar-se com café. Já o ministro Flávio Dino se ausentou do plenário em pelo menos quatro ocasiões, conforme apurado. A maratona judicial imposta pelo extenso voto de Fux parece ter cobrado seu preço na concentração dos membros da Corte.
A extensão do voto de Fux gerou debates e impactou a rotina do STF, com o cancelamento da sessão plenária e a visível fadiga dos presentes. O caso da suposta tentativa de golpe, de grande relevância para o cenário político nacional, segue em julgamento, com o voto de Fux no centro das atenções e as reações dos demais ministros sob escrutínio.