O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, gerou polêmica ao comparar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler, durante um evento em Manaus ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações, proferidas nesta terça-feira (9), intensificaram as críticas de Petro à atuação de Israel em Gaza, equiparando-a aos horrores dos campos de concentração nazistas.
Petro questionou a diferença entre as ações de Netanyahu e as de Hitler, referindo-se ao bombardeio da sede de negociações em Doha e ao ataque a um barco civil com alimentos para palestinos. “Estamos diante de um genocídio tal como em Auschwitz. Idêntico”, afirmou o presidente colombiano, elevando o tom do debate sobre o conflito no Oriente Médio.
As críticas de Petro não se limitaram a Israel. Ele também condenou as ações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a Venezuela, alertando para que nenhum país sul-americano apoie uma possível invasão norte-americana. A escalada de tensão entre Washington e Caracas foi mencionada, com Petro defendendo uma solução política para a crise venezuelana, em vez de intervenção militar.
Em resposta às declarações de Petro, o gabinete de Netanyahu negou envolvimento de outros países no ataque contra integrantes do Hamas no Catar, assumindo total responsabilidade pela ação. “Israel a iniciou, Israel a conduziu e Israel assume total responsabilidade”, destacou o comunicado oficial, buscando isolar o evento das críticas internacionais.
O evento em Manaus marcou a inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, uma iniciativa para fortalecer o combate ao crime na região. Petro aproveitou a ocasião para reforçar que a América do Sul não pode se alinhar a governos que apoiem “genocidas”, alertando para o risco de se tornarem alvos. “Não podemos defender um governo que esteja ao lado dos genocidas, senão as bombas vão cair sobre nós”, concluiu.
