Valdemar Costa Neto Minimiza Acusações de Golpe e Ironiza Atos de 8 de Janeiro em Manifestação Bolsonarista

Em discurso durante manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, abordou as acusações de tentativa de golpe contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, adotando um tom irônico. Ele classificou os eventos de 8 de Janeiro como uma “baderna generalizada”, buscando, contudo, descaracterizá-los como um golpe de Estado propriamente dito.

Costa Neto questionou sarcasticamente quem seriam os ministros em um cenário de golpe, citando figuras como “Débora do Batom” e “Clezão”, em referência a apoiadores presos por atos de vandalismo. “Se tivesse um golpe, quem ia ser a ministra da Justiça? A Débora do Batom? O Clezão seria o líder do governo? Aquilo foi uma balbúrdia generalizada e esse pessoal tem que ser punido. Mas isso não é golpe”, afirmou.

O presidente do PL também aproveitou o momento para criticar o governo Lula, referindo-se a promessas não cumpridas como o “golpe da picanha” e o “golpe do roubo do INSS”. Ele defendeu que o verdadeiro julgamento sobre o tema ocorrerá nas eleições de 2026, aludindo ao desempenho do governo atual.

Ademais, Valdemar Costa Neto cobrou publicamente a votação do projeto de anistia a Bolsonaro e aos envolvidos nos atos antidemocráticos. “Já temos 300 assinaturas. Qualquer cidadão numa democracia tem direito a um segundo julgamento. Não vamos abrir mão desse direito. Anistia já!”, declarou, sendo acompanhado por gritos de apoio do público presente.

Durante o evento, também houve críticas ao senador Romário (PL-RJ), o único da bancada que não se manifestou favoravelmente ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Valdemar Costa Neto comentou a situação com ironia, prometendo tratar do assunto em Brasília.