Um casal é acusado de matar de forma brutal o próprio filho de apenas 1 ano, na residência da família em Buenos Aires. Yésica del Carmen Aquino, de 36 anos, e Roberto Carlos Fernández, de 33, afirmaram que o bebê teria se engasgado com leite. No entanto, o laudo da autópsia revelou que Léon Aquino apresentava hematomas, marcas de mordidas no pescoço e perfurações de agulha.
O julgamento do casal chega à reta final, e o veredito deve ser anunciado nesta quinta-feira (3). A defesa pede a absolvição, alegando que as lesões poderiam ter sido provocadas durante procedimentos médicos no hospital, após o menino ser levado em estado grave.
De acordo com a promotora María de los Ángeles Attarian Mena, a criança foi vítima de agressões constantes — socos, mordidas e perfurações —, além de ter tido uma agulha de costura enferrujada de 2,5 centímetros alojada nas costas, o que teria causado a infecção fatal.
A acusação também apresentou relatos de testemunhas. A tia de Léon, irmã de Roberto, afirmou em juízo que o bebê era submetido a maus-tratos frequentes. Segundo ela, os pais colocavam pão com formigas em sua boca, enfiavam uma chupeta em sua garganta, deixavam as crianças sem comida e até o sufocaram com uma mamadeira. “Eles o sufocaram com a mamadeira. No berço, fizeram trilhas de pão para formigas pretas o picarem. Deram-lhe banho gelado e o colocaram contra a janela para mantê-lo resfriado”, relatou.
Uma das filhas do casal também chegou a pedir ajuda à polícia para ser retirada da casa onde vivia.
Durante o depoimento final, Yésica tentou se defender, afirmando que não tinha a intenção de matar o filho. “Não busquei a morte. Se eu bebesse álcool e desse uma mordida mais forte uma vez, era só um jogo, não era assassinato. Não matei meu filho”, declarou.
Ela responde por homicídio qualificado com agravantes de vínculo, premeditação, crueldade e traição. Roberto, por sua vez, é acusado de homicídio qualificado.
