O mundo da literatura brasileira se despede de Luis Fernando Verissimo, um dos seus mais brilhantes cronistas e humoristas. Seu corpo está sendo velado no Salão Nobre Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, desde o início da tarde deste sábado. Familiares, amigos, autoridades e admiradores se reúnem para prestar as últimas homenagens ao escritor, falecido aos 88 anos.
O velório público, que se estenderá até o final da tarde, antecede uma cerimônia mais íntima reservada a familiares e amigos próximos. O governo do Rio Grande do Sul decretou luto oficial de três dias em memória do autor, um reconhecimento da sua importância para a cultura gaúcha e brasileira. A família optou por não divulgar informações sobre o local e horário do enterro, que também ocorrerá neste sábado.
A notícia da morte de Verissimo, que estava internado desde 17 de agosto devido a complicações de um AVC e da Doença de Parkinson, comoveu o país. Figuras do mundo artístico, político e cultural manifestaram seu pesar nas redes sociais, ressaltando o legado do escritor. Sua escrita afiada e bem-humorada, que retratava o cotidiano da classe média brasileira com ironia e inteligência, conquistou leitores de todas as idades.
“Verissimo seguiu a carreira do pai, o romancista Érico, e também traçou uma carreira literária, mas com cores bastante diferentes das do pai”, como a própria matéria original destaca. Além de cronista, Verissimo foi romancista, cartunista e roteirista, tendo integrado a redação do icônico jornal O Pasquim, um veículo de resistência durante a ditadura militar. Sua contribuição para a literatura e o jornalismo brasileiro é inegável e seu legado permanecerá vivo através de suas obras.