O governo federal se prepara para apresentar ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2026, marcada por um déficit de R$ 13 bilhões. A ausência desse montante bilionário no texto do orçamento promete acender o debate no legislativo e pode abrir espaço para negociações complexas entre o executivo e os parlamentares.
O rombo nas contas públicas está atrelado à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Precatórios, que busca adiar ou parcelar o pagamento de dívidas judiciais em um período de até 10 anos. Embora já tenha passado por aprovações significativas nas duas casas do Congresso, a PEC ainda enfrenta obstáculos no Senado, com a votação em segundo turno pendente devido a questões envolvendo o relator, Senador Jaques Wagner (PT).
Diante desse cenário, o presidente Lula demonstra preocupação em evitar atritos com o Congresso, especialmente considerando a fragilidade de sua base aliada. A falta de R$ 13 bilhões no orçamento pode intensificar as discussões sobre a alocação de recursos, dando aos parlamentares maior poder de barganha. A proposta orçamentária, conhecida como PLOA, é essencial para definir as prioridades de gastos e receitas do governo no próximo ano.