A Corte de Apelação de Roma decidiu, nesta quinta-feira (28), manter a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o Brasil no caso, os juízes entenderam que há risco de fuga e rejeitaram o argumento de perseguição política apresentado pela defesa.
A decisão destacou que Zambelli “nunca demonstrou reais interesses na Itália”, lembrando que ela não fala o idioma local e precisou de intérprete nas audiências. O tribunal também concluiu que os problemas de saúde alegados por seus advogados não impedem a manutenção da prisão, ressaltando que não foram identificados indícios de automutilação ou risco grave associado ao quadro de depressão.
Zambelli foi presa em julho, em Roma, após tentar escapar do mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela deixou o Brasil em maio, após ser condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, além de multa de R$ 2 milhões por danos coletivos. O STF formalizou em 11 de julho o pedido de extradição, encaminhado ao governo italiano pelo Itamaraty.
Na semana passada, a deputada também foi condenada pelo STF a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. O caso se refere ao episódio em que Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
Com informações da Agência Brasil