A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) uniu forças com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) na Operação Carbono Oculto, deflagrada nesta quinta-feira (28). O objetivo central da ação é desmantelar um esquema de fraude e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com suspeitas de envolvimento de grupos ligados ao crime organizado. A ANP concentrou seus esforços na fiscalização da comercialização e uso irregular de metanol, substância perigosa quando utilizada fora das normas de segurança e qualidade.
Em comunicado oficial, a ANP detalhou seu papel na operação, que incluiu apoio técnico durante as buscas e apreensões realizadas pelo MP-SP. Técnicos da agência coletaram amostras de produtos nos locais investigados para análise laboratorial, buscando identificar a presença de metanol em níveis irregulares. A agência ressaltou que continuará a colaborar com o Ministério Público, fornecendo resultados de análises e dados de movimentação de produtos, cruciais para o avanço das investigações.
“A ANP tem intensificado o uso de ferramentas de inteligência para investigar e mapear grupos econômicos suspeitos de irregularidades no mercado de combustíveis”, informou a agência em nota. Essa estratégia proativa já resultou em diversas ações punitivas, incluindo autuações, interdições e até a revogação de autorizações de empresas que atuam em áreas como importação, produção, distribuição e revenda de combustíveis e biocombustíveis.
A colaboração entre a ANP e o Ministério Público, conforme a agência, é um processo contínuo, especialmente quando são identificadas irregularidades estruturadas com potenciais implicações criminais e cíveis. A Operação Carbono Oculto demonstra o compromisso da ANP em combater fraudes e irregularidades no mercado de combustíveis, garantindo a qualidade dos produtos e a segurança dos consumidores.
