Jeferson Cano, de aproximadamente 30 anos, perdeu a vida durante uma cerimônia religiosa realizada em um espaço em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A delegada Liliane Doretto, responsável pela investigação, aponta para sérias irregularidades no local e acusa os responsáveis pela cerimônia de ocultação de provas, agravando a tragédia.
As investigações iniciais revelam semelhanças preocupantes com o caso de Mikaella César, jovem que também morreu em circunstâncias similares durante um ritual religioso em São Paulo. A delegada Doretto enfatiza que o local da cerimônia não possuía as condições de segurança adequadas. “Não havia saída de emergência ou extintores”, afirmou a delegada, sublinhando a falta de preparo para lidar com emergências.
A situação se agrava com a denúncia de que a vítima não recebeu socorro imediato, mesmo chegando ao local já ferida. Além disso, a delegada Doretto relata que o espaço foi limpo antes da chegada da polícia, o que configura uma possível tentativa de ocultar evidências cruciais para a investigação. “Limparam o local sem que a polícia fosse chamada”, disse Doretto, indicando uma possível obstrução da justiça.
A delegada expressou grande preocupação com a segurança dos demais participantes, alertando para um risco iminente. “Provavelmente mais duas pessoas podem morrer”, alertou Doretto, mencionando a presença de crianças no local e o registro de mais de 15 pessoas feridas, muitas com queimaduras. A polícia continua a investigar as circunstâncias do incidente e a responsabilidade dos líderes religiosos.
Este trágico evento ecoa o caso de Mikaella César, de 22 anos, que morreu após sofrer queimaduras graves em um ritual de Umbanda na capital paulista. Naquela ocasião, o pai de santo, em um momento de transe, teria jogado álcool sobre uma chama, desencadeando uma explosão. Ambos os casos levantam sérias questões sobre a segurança e regulamentação de práticas religiosas.