Renê da Silva Nogueira Júnior, o empresário réu confesso no assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, divulgou uma carta manuscrita nesta segunda-feira (25) na qual minimiza o crime, referindo-se ao homicídio como um “acidente”. A declaração causou indignação e levanta questionamentos sobre a estratégia da defesa.
Além de tratar da morte de Laudemir, a carta aborda a recente turbulência em sua equipe de defesa, marcada por rápidas mudanças de advogados. Renê tenta esclarecer o imbróglio, demonstrando uma aparente reconciliação com um dos profissionais.
“O que aconteceu foi um acidente com a vítima e me sinto bem representado, tanto pelo Dr. Dracon, como pelo Dr. Bruno Rodrigues. Tenho certeza que resolveremos esse mal-entendido”, escreveu Renê na carta, cuja imagem foi divulgada. A mensagem busca atenuar a gravidade do ato e reforçar a confiança em seus advogados.
A reviravolta ocorre após Renê ter confessado às autoridades que atirou em Laudemir durante uma discussão de trânsito. A equipe de defesa anterior havia renunciado ao caso, alegando “motivo de foro íntimo”.
Entretanto, na segunda-feira, uma procuração em favor do advogado Bruno Silva Rodrigues foi apresentada à Justiça. O advogado Dracon Cavalcante visitou o cliente na prisão. Após o encontro, Renê redigiu a carta confirmando que mantém Cavalcante como seu representante, demonstrando confiança no trabalho do defensor, segundo informou o próprio advogado ao GLOBO.