A família Bolsonaro enfrenta um novo foco de tensão. Desta vez, a discórdia envolve Michelle Bolsonaro e o diretório do PL no Ceará, após a ex-primeira-dama criticar publicamente um acordo político local. Em meio à polêmica, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) manifestou apoio ao irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), intensificando o debate interno no partido.
Carlos Bolsonaro utilizou suas redes sociais para endossar a posição de Flávio, que classificou as críticas de Michelle como “autoritárias e constrangedoras”. O vereador reforçou a necessidade de união e respeito à liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), buscando minimizar o impacto das divergências no cenário político.
A crise teve início com a participação de Michelle no lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão (Novo-CE) ao governo do Ceará. Na ocasião, ela expressou forte oposição à aliança do PL local com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB), argumentando que o político cearense tem histórico de ataques a Bolsonaro e sua família. “Fazer acordo com quem chama o presidente e a família de ladrões não dá”, declarou Michelle, gerando a reação de Flávio.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, considerou que Michelle ultrapassou os limites ao criticar a aliança, revelando que o próprio Jair Bolsonaro havia autorizado o deputado André Fernandes, presidente do PL no Ceará, a iniciar conversas com Ciro Gomes. “Ela atropelou uma decisão já tomada pelo meu pai”, afirmou o senador, expondo um racha na comunicação e nas decisões estratégicas do grupo político.
André Fernandes corroborou a versão de Flávio, enfatizando que a articulação foi realizada com o conhecimento e aval de Jair Bolsonaro em uma reunião ocorrida em maio. “Foi o próprio presidente Bolsonaro quem pediu para ligarmos para Ciro no viva-voz. Ele mesmo validou essa aproximação”, garantiu o parlamentar, buscando esclarecer os bastidores da negociação e amenizar a crise interna.



