A designer Carla Linhares, de 41 anos, presa em Itanhaém, litoral de São Paulo, após confessar o homicídio do próprio pai, terá sua defesa assumida por Alexander Neves Lopes e Tiago dos Santos Calejon. Os advogados são reconhecidos por sua atuação no caso de Paulo Cupertino, condenado pelo assassinato do ator Rafael Miguel e seus pais em 2019.
A mudança na defesa ocorre após Lopes e Calejon deixarem o caso Cupertino, sete meses após a condenação do réu a mais de 98 anos de prisão. A alegação para a saída foi “quebra de confiança” por parte do cliente, conforme informado pelos próprios advogados.
Carla Linhares está detida desde 16 de agosto. Em depoimento, ela relatou ter sofrido abusos desde a infância e acusou o pai de obrigá-la a se prostituir. A designer foi encontrada nua e desorientada na orla da praia, logo após o crime.
De acordo com a investigação, o homicídio ocorreu em um momento de “forte estresse”, possivelmente desencadeado por um surto psicótico. Carla teria utilizado uma faca da cozinha para atingir o pai na garganta e no abdômen. Após o crime, ela teria saído de casa sem roupas, sendo abordada pela polícia e confessando o ato.