Nasry Asfura, candidato de direita com o apoio declarado de Donald Trump, lidera a contagem de votos nas tensas eleições presidenciais de Honduras. A disputa ocorre em meio a alertas de Trump sobre o futuro da ajuda dos EUA ao país, caso Asfura não vença, adicionando uma camada de pressão externa ao processo eleitoral.
Asfura, ex-prefeito de Tegucigalpa, detém 40,5% dos votos, superando por apenas 1,5 ponto percentual o também candidato de direita, Salvador Nasralla. A candidata de esquerda, Rixi Moncada, aparece distante na terceira posição, intensificando a polarização no país.
Com pouco mais de 42% das urnas apuradas, o cenário permanece incerto. Nasralla expressou confiança em uma reviravolta, enquanto analistas políticos alertam que é prematuro declarar um vencedor com os dados disponíveis. As eleições ocorrem em um contexto histórico de instabilidade política em Honduras.
A participação de Trump na campanha eleitoral foi notável. Ele chegou a afirmar que Asfura é o “único verdadeiro amigo da liberdade” e alertou que uma vitória da oposição colocaria Honduras sob a influência do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Essa retórica intensificou a polarização e atraiu atenção internacional para o pleito.
A campanha foi marcada por denúncias de fraude e acusações mútuas entre os candidatos. As eleições ocorrem em um momento crítico para Honduras, que enfrenta desafios como pobreza, violência e corrupção. O resultado terá um impacto significativo no futuro do país e em suas relações com os Estados Unidos e outros atores internacionais.
Além disso, Trump acenou com a possibilidade de perdoar o ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, condenado nos EUA por narcotráfico. A polarização que marca as eleições é resquício do golpe de 2009 contra Manuel Zelaya. Asfura e Nasralla se mostram favoráveis a Taiwan, após Xiomara Castro ter restabelecido relações com a China em 2023.
Diante desse cenário, os hondurenhos anseiam por soluções para problemas urgentes como a pobreza, que afeta 60% da população, a violência das gangues, a corrupção e o narcotráfico. Analistas apontam que o próximo governo terá o desafio de gerar empregos e reduzir a informalidade, que atinge cerca de 70% da força de trabalho.



