O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, refutou categoricamente, nesta segunda-feira (25), as alegações de que teria mantido conversas recentes com o ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em São Paulo, buscando esclarecer sua posição em meio a controvérsias.
O nome de Mendes surgiu em mensagens trocadas entre Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, onde o ex-presidente instruía o filho a evitar críticas ao ministro, insinuando contatos prévios com membros do STF. Em resposta, Gilmar admitiu ter mantido interlocuções com figuras ligadas a Bolsonaro no passado, mas negou conversas diretas recentes. “Nesses tempos não [conversei com Bolsonaro], mas tive muitas conversas com ele no passado e recebi muitos interlocutores”, afirmou o ministro, ressaltando sua abertura ao diálogo com diferentes espectros políticos.
Adicionalmente, Gilmar Mendes se manifestou em defesa do ministro Alexandre de Moraes, alvo da Lei Magnitsky, uma sanção imposta durante o governo de Donald Trump. “Não tem nenhuma justificativa para a aplicação dessa legislação draconiana contra Alexandre de Moraes ou contra qualquer outro colega que está cumprindo as suas funções”, declarou Mendes, expressando o apoio da maioria do STF a Moraes.
Mendes ainda enfatizou o papel crucial de Alexandre de Moraes nas investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro, destacando sua liderança e atuação firme. “Tenho a impressão que a ampla maioria do tribunal tem o reconhecimento e a percepção de que talvez nós não estivéssemos aqui hoje, não fora a ação do ministro Alexandre de Moraes, de sua liderança, à frente desses diversos inquéritos”, concluiu o ministro.
