A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, está finalizando um pedido de prisão domiciliar a ser protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) nos próximos dias. A alegação central é a de que a saúde de Bolsonaro se deteriorou significativamente, demandando cuidados que a Polícia Federal (PF) não estaria apta a fornecer integralmente.
Segundo fontes próximas à defesa, os advogados argumentarão que Bolsonaro apresenta quadros de soluços e engasgos recorrentes, com relatos de dificuldades respiratórias durante a noite. Além disso, a defesa pretende destacar a fragilidade emocional do ex-presidente como um fator agravante, que justificaria a mudança no regime de cumprimento da pena.
A preocupação com a saúde de Bolsonaro levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a determinar que a PF providencie assistência médica integral ao ex-presidente. A PF, por sua vez, analisa a viabilidade de alocar médicos peritos para atender às necessidades de Bolsonaro, diante da ausência de uma equipe médica permanente.
A defesa de Bolsonaro demonstra otimismo quanto a um parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), baseando-se no posicionamento adotado em relação ao ex-ministro do GSI, Augusto Heleno, que também teve a prisão domiciliar recomendada sob alegação de sofrer de Alzheimer. Contudo, pesa contra Bolsonaro o episódio de violação da tornozeleira eletrônica durante o período de prisão preventiva.



