A Polícia Federal intensificou o controle sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, detido na Superintendência da corporação em Brasília. Uma nova medida, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), determina o monitoramento rigoroso de todas as refeições destinadas a Bolsonaro. A decisão atende a um pedido da defesa para garantir uma “alimentação especial” ao ex-presidente durante o período de cumprimento da pena.
Moraes estabeleceu que apenas uma pessoa cadastrada poderá realizar as entregas, permitindo à PF fiscalizar e registrar detalhadamente o conteúdo das marmitas. Este procedimento, com efeito imediato, visa assegurar a integridade e segurança do ex-presidente durante sua detenção. A medida foi tomada após a conversão da prisão domiciliar em preventiva, motivada pelo descumprimento das regras de monitoramento eletrônico.
Bolsonaro está detido desde 22 de junho, após o trânsito em julgado da ação que investigou a trama golpista. O STF determinou o início imediato da execução da pena dos condenados do núcleo central, grupo do qual Bolsonaro faz parte. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, expressou preocupação com a saúde do pai e sua preferência por alimentos de confiança, temendo a procedência das refeições oferecidas na prisão.
A preocupação com a alimentação de Bolsonaro também foi manifestada por Michelle Bolsonaro, segundo a CNN Brasil. A ex-primeira-dama teme crises de soluço e vômito, que, segundo relatos, se agravam em situações de estresse. A família busca garantir que o ex-presidente receba uma alimentação adequada e segura durante o período de reclusão.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado, por crimes relacionados ao planejamento e execução de uma tentativa de golpe de Estado. A condenação inclui acusações de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Com a pena em execução, o ex-presidente permanece sob custódia da PF, com controle reforçado de visitas e alimentação.



