Uma cinebiografia sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, está em desenvolvimento e tem previsão de lançamento para 2026. O filme, que provisoriamente leva o título de *Dark Horse* (O Azarão), focará na reconstituição da campanha presidencial de 2018, com ênfase no atentado sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). A produção já gera debates e expectativa em diferentes setores da sociedade.
Segundo informações apuradas pelo *Estadão*, o projeto cinematográfico adota uma estrutura narrativa clássica da “jornada do herói”. A intenção é retratar a ascensão política de Bolsonaro sob uma ótica épica, com cenas dramatizadas de sua recuperação hospitalar, a acirrada disputa eleitoral e os embates com seus oponentes políticos. A abordagem promete gerar discussões sobre a interpretação dos eventos.
A direção do filme está a cargo de Cyrus Nowrasteh, cineasta norte-americano conhecido por trabalhos com forte temática religiosa e política. Essa escolha, segundo especialistas, evidencia o interesse particular do diretor pela trajetória do ex-presidente brasileiro. O papel de Bolsonaro será interpretado por Jim Caviezel, ator famoso por sua atuação como Jesus Cristo em *A Paixão de Cristo*, e também conhecido por declarações alinhadas a teorias conspiratórias.
O roteiro é assinado pelo deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura e aliado de Bolsonaro. Frias declarou que o longa buscará apresentar “a verdade” sobre os acontecimentos de 2018, com uma narrativa direcionada principalmente ao público simpatizante do bolsonarismo. Essa visão parcial já levanta questionamentos sobre a objetividade da produção.
Além de Caviezel, o elenco inclui Marcus Ornellas como Flávio Bolsonaro, o brasileiro Sérgio Barreto como Carlos Bolsonaro e o norte-americano Eddie Finlay interpretando Eduardo Bolsonaro. A ausência de definições sobre as atrizes que interpretarão Michelle Bolsonaro e Laura Bolsonaro tem gerado especulações nas redes sociais. A produção planeja lançar o filme próximo ao período eleitoral norte-americano de 2026, visando o interesse internacional nas tensões políticas que envolvem a figura de Bolsonaro.



