Um incêndio inesperado no pavilhão da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Belém, Pará, forçou a assinatura de um acordo climático a ser realizada em um local inusitado: uma padaria local. O incidente, ocorrido na quinta-feira (20), obrigou autoridades e representantes a improvisarem para dar continuidade às negociações cruciais.
O ministro da Mudança Climática de Vanuatu, Davidson Gibson, e um representante do escritório da ONU para projetos e serviços, formalizaram o acordo na padaria Do Sul, localizada na avenida Duque de Caxias, a menos de um quilômetro da área da COP30. Sem cerimônia, mas com determinação, eles assinaram o documento que visa implementar maior transparência climática, em conformidade com o Acordo de Paris.
O incêndio, que começou por volta das 14h e foi rapidamente controlado, causou o ferimento de 27 pessoas, seis das quais permanecem internadas devido à inalação de fumaça e crises de ansiedade. Apesar do incidente, a prioridade foi manter o compromisso com as metas climáticas, mesmo em um cenário adverso.
A escolha da padaria como local de assinatura gerou reações diversas nas redes sociais. Enquanto alguns elogiaram a resiliência e o comprometimento demonstrados, outros criticaram a aparente falta de estrutura para lidar com imprevistos. “É um exemplo de que a urgência climática não espera”, comentou um usuário, enquanto outro questionou a organização do evento.
Vanuatu, um país insular do Pacífico Sul, conhecido por sua vulnerabilidade a desastres naturais, demonstra com esta ação a importância da colaboração internacional para enfrentar os desafios climáticos. A assinatura improvisada, embora inusitada, ressalta a necessidade de ações concretas e adaptabilidade diante das adversidades.



