Um novo sistema de Inteligência Artificial (IA) demonstrou desempenho revolucionário no diagnóstico de câncer de pele, alcançando 94,5% de precisão na detecção do melanoma nodular — uma das formas mais agressivas e de crescimento rápido da doença. O índice supera o de dermatologistas experientes e marca um avanço significativo na área.
Análise multimodal amplia acerto do diagnóstico
O diferencial da tecnologia está em sua abordagem multimodal, que une a análise visual da lesão a informações clínicas e demográficas do paciente. Em vez de depender apenas de imagens dermatoscópicas, o sistema integra dados como:
- Imagens dermatoscópicas: fundamentais para identificar padrões da lesão.
- Características da lesão: tamanho, localização e nível de elevação.
- Informações do paciente: idade e sexo.
Ao combinar todos esses elementos, o modelo atingiu 94,5% de precisão, enquanto a análise baseada apenas na imagem registrou 89,9% — um ganho de 4,6 pontos percentuais. Em oncologia, essa diferença pode representar diagnósticos mais precoces e vidas salvas.
Avanço crucial contra um tumor agressivo
O estudo reforça o potencial da IA especialmente na detecção do melanoma nodular (MN), responsável por cerca de 15% dos casos de melanoma. Esse tipo de tumor se destaca pela agressividade e pelo crescimento vertical acelerado, penetrando rapidamente nas camadas profundas da pele, o que dificulta o diagnóstico clínico.
Por essas características, o MN está entre os tipos de câncer de pele mais frequentemente diagnosticados de forma incorreta. A capacidade da IA de identificá-lo com alta precisão é considerada um passo crucial para melhorar o prognóstico dos pacientes.
IA supera especialistas
A performance da tecnologia foi comparada à de 59 dermatologistas experientes. Usando as mesmas imagens, os médicos acertaram o diagnóstico em 80,4% dos casos. Já a IA multimodal atingiu 94,5%, superando amplamente o desempenho humano.
Os resultados reforçam que, embora a IA já tivesse se destacado na análise de imagens, a integração de dados clínicos — a capacidade de “ver além da imagem” — torna os sistemas mais poderosos e precisos.
Uso futuro na prática médica
A expectativa é que ferramentas como essa se tornem aliadas dos dermatologistas, reduzindo erros de diagnóstico e ajudando a identificar melanomas agressivos ainda nas fases iniciais, quando as chances de cura são maiores.
fonte: taroba



