Democratas Americanos Incitam Militares à Desobediência Seletiva, Gerando Críticas da Casa Branca

Um grupo de legisladores democratas nos Estados Unidos provocou controvérsia ao solicitar publicamente que membros das forças armadas e da inteligência do país se recusem a cumprir ordens consideradas “ilegais” do governo de Donald Trump. O apelo, divulgado em um vídeo no X (antigo Twitter), desencadeou uma rápida e forte reação da Casa Branca, que o classificou como perigoso e radical.

O vídeo, que conta com a participação de seis democratas com experiência em serviço militar ou inteligência, alega que a administração Trump está colocando os militares e agentes de inteligência contra os cidadãos americanos. “Neste momento, as ameaças à nossa Constituição não vêm apenas do exterior, mas também daqui mesmo, de nosso próprio país”, declaram os democratas, incluindo figuras notórias como o senador Mark Kelly e a senadora Elissa Slotkin.

“Vocês podem desobedecer às ordens ilegais”, exortaram os legisladores. A resposta da administração Trump não tardou. Stephen Miller, um alto funcionário da Casa Branca, acusou os democratas de incitarem a rebelião, alertando para o que ele descreveu como uma radicalização perigosa do Partido Democrata. O Secretário de Guerra Pete Hegseth também se manifestou, ironizando o apelo como sintoma da “síndrome de transtorno por Trump”.

Embora os legisladores não tenham especificado quais ordens consideram ilegais, suas críticas parecem se concentrar no uso das forças armadas por Trump tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos. Internamente, Trump enviou a Guarda Nacional para várias cidades governadas por democratas sob o pretexto de controlar distúrbios. No exterior, lançou operações contra supostos traficantes de drogas, resultando em mortes que alguns especialistas consideram execuções extrajudiciais.

As ações de Trump, como o envio da Guarda Nacional para cidades democratas e as operações no exterior com vítimas, têm gerado debates acalorados sobre os limites do poder presidencial e o papel das forças armadas em questões internas e externas. A polêmica levanta questões cruciais sobre a interpretação da legalidade das ordens presidenciais e o dever dos militares de obedecer ou resistir.