O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confirmou a anulação de três questões do Enem 2025 após relatos de que itens semelhantes aos aplicados na prova teriam sido divulgados nas redes sociais antes do exame.
Em nota oficial, o órgão reiterou que a validade, isonomia e lisura do Enem estão preservadas. Segundo o Inep, a decisão foi tomada pela comissão responsável pela elaboração da prova após análise técnica dos relatos e das possíveis coincidências identificadas.
O instituto explicou que o exame utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI), que exige que as questões sejam previamente testadas com grupos de estudantes. O órgão ressaltou que nenhum dos itens divulgados nas redes foi apresentado “exatamente da mesma forma” no exame de 2025.
A Polícia Federal foi acionada para investigar a divulgação do conteúdo e apurar eventual quebra de sigilo ou má-fé na exposição de itens classificados como sigilosos. O Inep também afirmou que o Banco Nacional de Itens passa por “diversas estratégias de calibração” e que todos os protocolos de segurança foram cumpridos.
A anulação das questões ocorre em meio à grande repercussão envolvendo o estudante de medicina Edcley Teixeira, que publicou vídeos e realizou uma live dias antes da prova resolvendo questões muito semelhantes às que apareceram no exame oficial. Nas redes sociais, ele se apresenta como “mentor de estudos” e afirma participar de pré-testes do Inep. Em um dos vídeos que viralizou, Edcley chega a questionar se o instituto “correria atrás” dele, sugerindo que queria “testar os limites” da autarquia.
Um dos conteúdos mais comentados mostra o estudante resolvendo uma questão de matemática quase idêntica à aplicada no Enem 2025. A semelhança levantou suspeitas entre candidatos e reacendeu o debate sobre a segurança do processo de elaboração do exame.
Após a repercussão, o Inep classificou os casos como “similaridades pontuais”, mas confirmou a anulação de três questões.
fonte: catve
