Uma nova análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou mudanças significativas na distribuição dos biomas brasileiros. A revisão dos limites territoriais, divulgada nesta terça-feira (18), indica um aumento de 1,8% na área do Cerrado, enquanto a Mata Atlântica sofreu uma redução de 1,0%. As alterações, resultado de estudos mais precisos e atualizados, impactam diretamente o planejamento ambiental e as políticas de conservação.
As modificações nos limites foram observadas principalmente em Minas Gerais, onde a transição entre os biomas é mais complexa. Segundo o IBGE, a revisão considerou critérios como características da vegetação, clima e solo. “O objetivo é fornecer um retrato mais fiel da distribuição dos biomas no país, para auxiliar na gestão territorial e no monitoramento ambiental”, afirmou um representante do instituto.
O aumento da área do Cerrado, embora possa parecer positivo à primeira vista, não elimina as preocupações com o desmatamento e a degradação ambiental. Da mesma forma, a redução da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, exige atenção redobrada para garantir a sua preservação. As novas informações do IBGE servirão de base para estudos futuros e ações de proteção ambiental.
Especialistas alertam que as mudanças nos limites dos biomas não devem ser interpretadas como uma melhora ou piora automática na situação ambiental. “É fundamental analisar o contexto de cada região e as causas das alterações, para implementar políticas públicas eficazes”, ressalta o biólogo João Silva, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A atualização dos dados pelo IBGE, portanto, representa um importante passo para uma melhor compreensão e gestão dos recursos naturais do país.



