CPMI do INSS: Oposição mira ex-ministros de Lula, Dilma e Bolsonaro em investigação sobre fraudes

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS iniciou seus trabalhos com a oposição focada em convocar figuras-chave dos governos Lula, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. Ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS estão no centro das atenções, em meio a investigações sobre descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. A comissão promete ser palco de intensos debates e possíveis revelações impactantes.

Na pauta da CPMI, congressistas devem votar a aprovação de convocações de ex-ministros como Carlos Lupi, que estava à frente da pasta quando a crise dos descontos fraudulentos veio à tona. Além dele, José Carlos Oliveira, ministro no governo Bolsonaro, e Carlos Gabas, figura conhecida da oposição e ex-ministro de Dilma, também estão na mira. A oposição busca esclarecer o papel de cada um na gestão do INSS durante os períodos investigados.

Gabas, inclusive, já foi alvo de bolsonaristas na CPI da Covid, sob a acusação de envolvimento na compra de ventiladores clínicos que nunca foram entregues. Embora tenha sido proposta sua convocação na época, ela foi rejeitada pelos senadores. Agora, seu nome volta a ser ventilado em meio às investigações da CPMI do INSS, reacendendo antigas polêmicas e abrindo novas frentes de investigação.

A oposição prioriza a convocação de ministros desde o governo Dilma e de ex-presidentes do INSS, totalizando dez requerimentos para depoimentos de gestores que comandaram o instituto entre 2012 e 2025. O relator, deputado Alfredo Gaspar, enfatizou sua intenção de realizar um trabalho técnico, buscando identificar quem deu “suporte político” às operações fraudulentas.

O governo, por sua vez, se prepara para o embate, articulando uma estratégia para barrar convocações consideradas inconvenientes, como a do irmão de Lula, Frei Chico. Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), eventuais bloqueios a requerimentos revelarão os verdadeiros interesses por trás do controle da CPI. A disputa promete ser acirrada e expor tensões políticas latentes.