Após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter a condenação de Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão por seu envolvimento na tentativa de golpe de Estado, a defesa do ex-presidente se manifestou, descrevendo-o como uma pessoa “frágil”. Os advogados sugerem que a saúde debilitada de Bolsonaro, somada ao impacto psicológico da reclusão, poderiam levá-lo a um colapso em caso de encarceramento. A decisão unânime do STF ocorreu na sexta-feira (7), após a análise de um recurso apresentado pela defesa.
Os advogados de Bolsonaro argumentam que o histórico de saúde do ex-presidente, marcado por múltiplas cirurgias desde o atentado de 2018, o qualifica como vulnerável. Eles mencionam, além das cirurgias no abdômen, procedimentos para tratar refluxo, desvio de septo, obstrução intestinal e erisipela. Diante desse quadro, somado ao suposto abalo psicológico causado pela prisão domiciliar, a defesa alega que a única alternativa seria a concessão de prisão domiciliar.
A votação no STF, que se estenderá até o dia 14 de novembro, teve início com a análise dos recursos apresentados pela defesa de Bolsonaro em relação às acusações. Os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia acompanharam o relator Alexandre de Moraes, formando a unanimidade na Primeira Turma, composta por quatro ministros. A decisão referenda a condenação imposta a Bolsonaro por sua participação nos eventos que culminaram na tentativa de golpe.
“Não restara outra opção ao ministro Alexandre de Morais, a não ser autorizar a prisão domiciliar ao réu”, afirmaram os advogados, indicando a estratégia da defesa para buscar alternativas à prisão. A expectativa agora é acompanhar os próximos desdobramentos do caso e as possíveis medidas a serem adotadas pela defesa de Bolsonaro. O caso continua gerando grande repercussão no cenário político e jurídico brasileiro.
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