O ex-deputado estadual Paulo Frateschi (PT), figura histórica do Partido dos Trabalhadores e próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi brutalmente assassinado a facadas nesta quinta-feira (6), em São Paulo. O autor do crime é seu próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, que, segundo a Polícia Militar, estaria em um surto psicótico no momento do ataque. A tragédia marca o fim de uma vida dedicada à militância política e ao partido, mas também assolada por perdas irreparáveis.
De acordo com as autoridades, o ex-parlamentar de 75 anos foi atingido na cabeça e no braço dentro de sua residência. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Iolanda Maux, esposa de Frateschi, também foi agredida e sofreu uma fratura no braço, enquanto o agressor foi detido em flagrante pela polícia.
Paulo Frateschi desempenhou um papel crucial na história do PT em São Paulo. Ex-deputado estadual e ex-presidente do diretório estadual do partido, ele foi um dos principais responsáveis pela organização da legenda no estado e participou ativamente das campanhas de Lula desde a década de 1980. Sua proximidade com o presidente era notória, mantendo uma amizade pessoal de décadas.
A vida de Frateschi, no entanto, já carregava o peso de outras duas perdas devastadoras. Em 2002, seu filho Pedro, de apenas 7 anos, faleceu em um acidente na Rodovia Carvalho Pinto. Um ano depois, em 2003, outro filho, Júlio, de 16 anos, morreu em um acidente na rodovia Rio-Santos, entre Paraty e Angra dos Reis.
O velório de Júlio, em 2003, contou com a presença do então presidente Lula, que compareceu em um gesto de solidariedade à família enlutada, acompanhado de ministros e outras lideranças petistas. Agora, a morte trágica do ex-deputado reacende a memória dessas perdas e causa comoção no meio político.
O corpo de Paulo Frateschi será velado em São Paulo. O Partido dos Trabalhadores e diversas lideranças políticas manifestaram profundo pesar pela morte do ex-parlamentar, destacando sua dedicação à democracia e à construção do partido. “Perdemos um grande companheiro, um lutador incansável”, afirmou um representante do PT em nota oficial.
