Um bebê de dois anos morreu em decorrência de agressões em Curitiba, e a mãe e o padrasto da criança foram presos no último sábado (1º), segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR). O homem é apontado como o principal autor das agressões, enquanto a mulher é suspeita de acobertar os crimes.
O casal, de 27 e 28 anos, vivia no bairro Uberaba e levou o bebê para atendimento médico no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no dia 26 de outubro. A criança não resistiu aos ferimentos e morreu.
O atestado de óbito indicou politraumatismo como causa da morte, além de manchas roxas e distensão abdominal, sinais compatíveis com agressões físicas. A Polícia Civil foi acionada e iniciou uma investigação para apurar o caso.
De acordo com a delegada Gabrielle Berwig Amaral, as equipes ouviram pessoas próximas da família e constataram, por meio da escola da criança, que o bebê frequentemente aparecia com hematomas, especialmente às segundas-feiras, após a mãe retomar o relacionamento com o padrasto.
Durante o depoimento, o casal alegou que o bebê teria caído de uma cama de 58 centímetros de altura. No entanto, o laudo pericial descartou essa hipótese, concluindo que as lesões foram provocadas por um meio contundente, com força de alta energia, incompatível com uma simples queda.
Ainda segundo a delegada, familiares chegaram a acusar o casal durante o velório do bebê, e há indícios de que os dois planejavam fugir. Diante das evidências, a Justiça expediu mandados de prisão preventiva, cumpridos no sábado (1º).
A mãe foi detida durante depoimento à Polícia Civil, e o padrasto foi localizado em São José dos Pinhais, também na RMC. Os dois foram interrogados, optaram por permanecer em silêncio e seguem presos à disposição da Justiça. Eles podem responder por maus-tratos com resultado morte.
