Rivalidade e Vingança: Facção debocha da morte de ‘Diaba Loira’ em vídeo após troca de grupo criminoso

Um vídeo chocante, divulgado por criminosos rivais, expôs a zombaria em relação à morte de Eweline Passos Rodrigues, conhecida como ‘Diaba Loira’. A jovem, de 28 anos, foi executada a tiros na última quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, e a gravação, que circulou nas redes sociais, mostra os autores comemorando o crime. As falas dos criminosos, como “Diaba Loira já ficou f*dida” e “o campinho vermelhou, p*rra”, evidenciam a brutalidade da disputa entre facções.

Eweline ganhou notoriedade ao exibir armas e detalhes de sua vida no crime nas redes sociais. A mudança de facção, do Comando Vermelho (CV) para o Terceiro Comando Puro (TCP), após uma tentativa de feminicídio, pode ter sido o estopim para sua execução. “Essa mudança teria intensificado rivalidades e a colocado na mira de antigos aliados”, destaca a reportagem, indicando uma possível motivação para o crime.

A trajetória de ‘Diaba Loira’ é marcada por contrastes. Natural de Tubarão, Santa Catarina, filha de um policial militar da reserva e oriunda de uma família de classe média, ela teve uma vida considerada comum antes de ingressar no mundo do crime. Trabalhou como vendedora, alfaiate, cobradora e até cursou Direito, deixando para trás dois filhos pequenos sob os cuidados da avó.

A reviravolta ocorreu em 2022, após sofrer uma tentativa de feminicídio. Após sobreviver a uma facada no pulmão, foi presa em Santa Catarina por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Rompeu a tornozeleira eletrônica e se tornou foragida, refugiando-se no Rio de Janeiro, onde ascendeu rapidamente no mundo do crime.

Sua ascensão meteórica, impulsionada por vídeos desafiadores nas redes sociais, teve um fim abrupto em Cascadura, Zona Norte do Rio. A Polícia Civil investiga se a ordem para a execução partiu do Comando Vermelho, em um ato de vingança pela traição e mudança para a facção rival.