Sem recursos para voltar, europeu vive há cinco meses em abrigo em São Paulo, após ser assaltado - Jornal Terceira Opinião

Sem recursos para voltar, europeu vive há cinco meses em abrigo em São Paulo, após ser assaltado

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Há pelo menos cinco meses, um homem da Moldávia, país do Leste Europeu, vive em um abrigo na cidade de Santos, litoral de São Paulo. Ele chegou ao Brasil como turista, mas, ao desembarcar na rodoviária da cidade, foi assaltado e perdeu todos os seus documentos e recursos financeiros. Sem alternativas, foi encaminhado a um abrigo municipal, onde permanece desde então.

O caso ganhou repercussão após a vereadora Débora Camilo (PSOL) protocolar um requerimento na Câmara Municipal solicitando esclarecimentos sobre o processo de repatriação do estrangeiro, que parece estar paralisado. Durante uma visita ao abrigo no início de março, ela tomou conhecimento da situação.

Com apoio da equipe do abrigo, o homem obteve um visto humanitário e agora é considerado refugiado no Brasil. Porém, sua repatriação enfrenta desafios. Um dos principais obstáculos é a ausência de uma embaixada da Moldávia no Brasil. A única representação diplomática moldava fica nos Estados Unidos, para onde o cônsul honorário da Moldávia no Brasil, Flávio Bitelman, se reporta. Tanto o consulado honorário quanto a embaixada afirmam não ter recursos para custear a passagem de volta do moldavo, cujo valor pode chegar a R$ 10 mil.

Para contornar a barreira do idioma – já que o homem só fala romeno –, a vereadora conseguiu contato com um romeno que auxiliou nas tratativas de documentação. Além disso, um irmão do estrangeiro, residente na Moldávia, enviou documentos para comprovar o vínculo familiar. No entanto, a família informou que não tem condições financeiras de ajudá-lo a retornar.

Em nota ao Metrópoles, a Prefeitura de Santos confirmou que o homem está abrigado em uma unidade da Seção de Abrigo (Seabrigo) e afirmou que a Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) está em diálogo com as autoridades para viabilizar o repatriamento, que ainda não tem previsão para ocorrer.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que lida com casos semelhantes, foi procurado pela reportagem, mas informou que não comenta situações individuais por questões de proteção.

 

fonte: metropoles

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