Na região de Londrina, um suposto esquema de fraudes em licitações para prestação de serviços médicos em hospitais públicos está sendo investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná (MP-PR).
De acordo com as investigações, na manhã desta terça-feira (10), os agentes cumprem 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Londrina e Centenário do Sul, onde o prejuízo aos cofres públicos pode ter passado de R$ 66 milhões.
Em Centenário do Sul as irregularidades tem ligação com investigações relacionadas a empresa Uninova. O mandado de busca e apreensão teria ocorrido em um espaço de serviço médico ligado ao centro médico.
Segundo a polícia, entre os suspeitos do grupo criminoso estão empresários, médicos e agentes públicos, eles são os principais alvos e podem responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitação. A Justiça também determinou bloqueios de valores e apreensão de veículos.
Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia Civil e MP-PR.
Ainda de acordo com a PC, as fraudes acontecem desde 2013, mas as investigações começaram em 2019. Foi apurado que o grupo de empresários tinha fácil acesso aos procedimentos licitatórios.
São investigados também por suspeita de envolvimento no esquema, um ex-diretor do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar) e sua esposa, que é médica. Conforme a polícia, o suspeito lucrou por meio das supostas fraudes, enquanto a mulher dele seria uma das responsáveis por uma das empresas que pertence ao grupo envolvido no esquema.
As investigações apontaram ainda que os agentes públicos intermediavam os procedimentos para dar vantagem às empresas investigadas e além disso, eram criadas outras empresas, pelos suspeitos, em nome de funcionários para justificar gastos das organizações investigadas, conforme a polícia.
Fonte: G1