Nesta terça-feira (26/10), em Votorantim, no interior de São Paulo Ana Carolina Pereira Pinto, de 20 anos, morreu após aplicar injeções para abortar a gestação de 27 semanas. Ela e o namorado, de 22 anos, compraram o “kit aborto” pela internet por R$1.400 e ele chegou a ser preso em flagrante por crime contra a vida, mas será investigado em liberdade.
O jovem prestou depoimento, afirmou que o casal não estava brigado e que mantinha um relacionamento há 2 anos. A gravidez teria sido descoberta há um mês. O casal conversou e, segundo o rapaz, foi Ana Carolina quem citou receio de prosseguir com a gestação. Ele ainda afirmou que o aborto foi um consenso entre os dois.
Segundo o namorado de Ana Carolina, ela teria feito pesquisas sobre métodos abortivos e a compra da substancia abortiva foi realizada pela vítima, no valor de R$1.400, via PIX, e entregue na casa do rapaz. O procedimento, no entanto, foi realizado em uma pousada no bairro Campolim, na Zona Sul de Sorocaba.
Ao todo, teriam sido quatro aplicações na barriga, aplicadas com a ajuda do namorado, já que Ana Carolina teria apresentado medo de fazer tudo sozinha. A “técnica” de como injetar o medicamento, segundo o rapaz, foi explicada pela pessoa que vendeu o produto à vítima.
Segundo o relato do rapaz, os dois foram trabalhar no dia seguinte e, ao final do dia, Ana Carolina começou a sentir dores fortes, cólicas e vômitos.
“Minha barriga parece que vai explodir”, ela disse, segundo o namorado.
Ela teria o questionado sobre pedir ajuda aos seus pais, mas ele afirmou que ela deveria manter a calma. Em depoimento, ele assumiu que a vítima insistiu em contar sobre o problema, mas foi ele que pediu para que ela não o fizesse.
Ele contou que recebeu a notícia da morte de Ana às 4h da manhã da terça-feira. Ela foi encontrada morta pelos pais em seu quarto após não atender aos chamados do despertador. O bebê também não resistiu.
O namorado de Ana Carolina foi preso em flagrante, mas deve aguardar as investigações em liberdade, pois está colaborando com o processo investigativo e não tem antecedentes criminais. Ele também cedeu o aparelho celular, que vai passar por perícia.
Ainda não se sabe qual o medicamento usado para a realização do aborto.
Fonte: ricmais.com.br