Uma briga entre casal resultou na morte de uma mulher, de 24 anos, em Martinópolis (SP). O marido, de 35 anos, foi preso. A ocorrência teve início por volta das 22h da segunda-feira (30) e se estendeu durante a madrugada desta terça-feira (31).
O crime tirou o sono de muitas pessoas que foram até o bairro Pioneiro 2 para saber o que estava acontecendo. A briga entre o casal Alex Betti e Renata Alves começou por volta das 22h e a Polícia Militar foi acionada quando disparos de tiros foram efetuados momentos depois.
Um tio da vítima disse que, ao perceber que o marido estava alterado, a moça chegou a mandar uma mensagem pedindo ajuda para a família.
Quando os policiais chegaram à casa, os disparos contra a vítima já haviam sido feitos. Mas foram realizadas negociações com o marido para que ele não se suicidasse. Os fatos se estenderam pela madrugada desta terça-feira (31).
A vítima trabalhava como técnica de enfermagem, na Santa Casa de Misericórdia de Martinópolis, e Alex, como agente penitenciário. Eles estavam casados havia 11 meses e não tinham um histórico frequente de brigas.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da jovem. O marido confessou o crime e foi preso em flagrante. O Boletim de Ocorrência foi registrado como feminicídio.
O delegado Airton Roberto Guelfi, responsável pelas investigações, disse ao G1 que o casal teria começado uma briga após o homem alegar que a esposa o estava traindo.
O autor contou à polícia que a desconfiança teve início quando uma pessoa próxima a ele disse que sua esposa o estaria traindo. O homem ainda contou em depoimento que começou a juntar elementos, prestar atenção nos atos da vítima e flagrou a troca de mensagens no celular dela com outro homem.
Ainda em depoimento à polícia, o agente penitenciário afirmou que “perdeu a cabeça” durante a discussão e cometeu o crime.
“Eu estive na cena do crime, ele disparou três tiros contra a esposa”, contou o delegado ao G1.
O homem contou à polícia que estava afastado do cargo de agente penitenciário havia alguns meses, por questões psicológicas, porém, o delegado descarta a possibilidade de que isso tenha sido motivo para que ele cometesse o crime.
A arma utilizada pelo autor foi apreendida. Era de sua propriedade e estava regular.
“Acredito que ele tenha sido mantido com a arma, mesmo afastado do cargo, por questões de segurança própria, devido às ameaças que agentes penitenciários recebem de presos constantemente. No entanto, isso será apurado durante o inquérito, assim como a causa de seu afastamento”, esclareceu Guelfi ao G1.
O delegado disse que os celulares da vítima e do autor do crime foram apreendidos para perícia.
O homem foi preso em flagrante por feminicídio e será levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá (SP), onde aguardará por audiência de custódia, na Justiça, que irá decidir se ele será mantido preso preventivamente.
Fonte: G1